Quem nunca?

Chegou a época das famosas brincadeiras intituladas "amigo secreto". Diferentes formas de realizar o entretenimento são (re)inventadas a cada ano. O que deduzimos é que, certamente, esse jogo deve ter tido como motivação alguma crise. (Sim, foi popularizado no ano de 1929, em plena depressão, quando o dinheiro estava mais escasso do que o normal. Então, tornou-se uma estratégia para que todos pudessem ganhar algum regalo. Esse foi, inclusive, considerado o mais longo período de recessão econômica do século XX).

Como estamos sempre driblando a escassez de verbas, reconstituímos essa atividade ao longo do período natalino. O divertimento consiste em retirar o papel com o nome de outro componente que está participando da dinâmica. A identidade da pessoa deve ser mantida em segredo. No dia da revelação, a ideia é fazer com que os membros do grupo adivinhem, por meio de dicas, quem é o misterioso indivíduo.

Nesse momento, todo o cuidado é pouco. Nada de adjetivos que possam tornar o amigo secreto em inimigo revelado. Esqueça, por exemplo, os termos briguento e insensível. Sempre convém lembrar de algumas palavras mágicas, tais como: simpática, elegante, inteligente, solidária, gentil, incrível, leal. Enfim, declarações que remetam à imagem de um bom ser humano. E nada de exagerar nos atributos físicos, pois podem não ser do agrado de quem está ouvindo e gerar confusões desnecessárias.

Quem nunca esteve incluído nessas listas? É, geralmente estamos. Em várias, inclusive. Haja fôlego para escolher o mimo adequado para cada perfil que encontramos nos bilhetinhos.

E quem nunca perdeu o papel com o nome que deveríamos presentear? Ou quem esqueceu a identificação do tal "sigiloso"? Bate o pânico. Como escolher uma lembrança se não sabemos quem vai ganhar? Então, use a imaginação! Compre um presente neutro e peça para divulgar por último, com a desculpa de que adora um suspense. Depois, aguarde, pacientemente, para ver quem sobrou.

Quem nunca teve "aquela" vontade de devolver o papelzinho? Seja porque a criatura nem era tão amiga ou até por ser alguém difícil de agradar. E aqueles que já possuem tudo? E os chatos que reclamam de qualquer coisa? Difícil até encontrar uma qualidade na hora de revelar. Melhor usar o truque: tirei a mim mesma, posso trocar? Essa talvez seja uma situação complicada, pois o seu nome provavelmente já estará na mão de alguém.

Brincadeiras à parte, devemos lembrar que Santa Maria, cada vez mais, é reconhecida como importante centro comercial. Além da diversidade de presentes para essas ocasiões, localizadas facilmente nas centenas de lojas espalhadas pela cidade, temos ainda uma infinidade de produtos artesanais, divulgados principalmente nas redes sociais. Entram nessa categoria as bijouterias, camisetas, quadros, almofadas e tantas outras opções.

A instabilidade financeira, que nos persegue, é capaz de favorecer muita inovação. Além de todas essas sugestões, pode ser uma excelente dica desenvolvermos habilidades manuais. Experimente construir o presente de seu amigo. Terá grandes chances de satisfazê-lo. Com a possibilidade de desistir dessa alternativa se considerar que não ficou tão bom assim. Mas tente. Talvez você já comece 2018 com uma nova terapia. Escolha: pintura, bordado, costura, flores artesanais. Customize. Está na moda.